quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Conselho Estadual de Cultura retoma suas atividades



Na tarde da última terça-feira, 22, foram retomados os trabalhos do Conselho Estadual Cultura (CEC) com a primeira reunião de 2013. Na pauta do encontro estavam o projeto de Intercâmbio e Difusão Cultural, que foi aprovado pelo colegiado, entre outras deliberações.
Participaram da reunião os conselheiros Antônio Amaral, Ana Medina, Ana Conceição, Augusto Barreto, Aglaé Fontes, Ádria Lavres, Luiz Fernando Soutelo Ribeiro e Cléa Brandão.

(Foto: Fabiana Costa/Secult)


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Conselho Estadual de Cultura celebra 45 anos em grande estilo

Por Glauco Vinícius, em 14/12/12
 
A noite de quinta-feira, 13 de dezembro, foi marcada por um ato comemorativo aos 45 anos de criação do Conselho Estadual de Cultura (CEC). Homenagens a personalidades marcantes para a história da instituição, abertura de exposição sobre sua trajetória e apresentação do quinteto de metais da Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) foram algumas das atividades que compuseram a programação do evento, ocorrido na Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED).

 
Evento aconteceu no auditório da BPED (Foto: Fabiana Costa/Secult)



Composto por 11 personalidades com relevância na cena cultural sergipana, o Conselho Estadual de Cultura é o órgão que fiscaliza e dá aval a algumas ações da  Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Foi fundado em 1968 e, a partir de então, passou a organizar-se administrativamente e discutir ações para a cultura sergipana. À época, o Estado ainda não havia despertado para as atividades culturais, que ficavam a cargo das instituições privadas.

Secretária Eloísa Galdino discursa durante ato comemorativo aos 45 anos do CEC (Foto: Fabiana Costa/Secult)
A secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, esteve presente na solenidade e disse que se orgulha da boa relação que a sua gestão conseguiu estabelecer com o colegiado. “Em 2009, ao assumirmos a pasta, debruçamo-nos nos estudos para reposicionamento da participação do Conselho na política cultural. E conseguimos: hoje o conselho não só sugere e orienta, mas também desenha projetos junto à equipe da Secult”, lembrou Eloísa.

Secretária Eloísa, junto à presidente do Conselho, Ana Luiza Valadares, inauguram a 'Sala Maria Thetis Nunes' (Foto: Fabiana Costa/Secult)
A gestora disse ainda que esse novo momento do Conselho Estadual de Cultura não foi só uma decisão política, mas, também, um gesto de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos integrantes da entidade por parte do governo Marcelo Déda.

Exposição
Para relembrar passagens marcantes desses 45 anos, o Conselho, em parceria com a Assessoria de Comunicação da Secult, preparou uma exposição intitulada ‘Descobrindo Caminhos’, que traça um panorama geral da história, das atribuições e das personalidades que já integraram a entidade.
AdicionAbertura de exposições marcaram a data (Foto: Fabiana Costa/Secult)ar legenda

A noite também foi marcada pelo discurso emocionado do conselheiro Luíz Fernando Soutelo, que narrou os principais momentos da trajetória do colegiado, pelo lançamento do selo dos Correios alusivo ao centenário de Luíz Gonzaga, por homenagens a 180 personalidades, e pela inauguração da sala Maria Thetis Nunes, como se chamará, a partir de então, o espaço na BPED onde são realizadas as sessões do Conselho.
Conselheira desde a criação do Conselho, Aglaé Fontes foi uma das homenageadas (Foto: Fabiana Costa/Secult)

A presidente da entidade, Ana Luiza Valadares, disse que aquele era um momento ímpar na história do Conselho. “Muitas pessoas que tiveram participação direta ou indireta nesses 45 anos de história estão aqui e muito nos honram com suas presenças, afinal, a comemoração dessa data é mérito de todos que aqui deixaram alguma marca”, declarou.
Conselheiro Luíz Fernando Soutelo relembrou passagens marcantes da trajetória do Conselho em seu discurso (Foto: Fabiana Costa/Secult)

Conselho Estadual de Cultura festeja 45 anos no próximo dia 13

Publicado em 12/12/12
 
Em 2012, o Conselho Estadual de Cultura, órgão que fiscaliza e dá aval a algumas ações da  Secretaria de Estado da Cultura (Secult), completa 45 anos de fundação. Para celebrar a data, foi elaborado um grande dia de comemorações, que incluem a abertura de exposição que retrata a trajetória da Instituição, apresentações musicais e entrega de certificados a pessoas de relevância para o Conselho ao decorrer desses anos.
Abertura da exposição 'Descobrindo Caminhos' é um dos atrativos do ato em comemoração aos 45 anos do CEC

As comemorações acontecerão no dia 13 de dezembro, a partir das 19h na Biblioteca Pública Epifânio Dória. Segundo o secretário-geral do conselho, Luiz Fernando Soutelo a idéia da comemoração surgiu do colegiado, que desde o ano passado já idealizava essa comemoração grande festa. “Através de um evento assim, nós conseguimos resgatar a trajetória do Conselho nesses 45 anos de história, afinal ele é o órgão mais antigo em vigor até hoje, do poder executivo”, lembra.

Histórico

O Conselho Estadual de Cultura foi fundado em 1968, pelo então Governador Lourival Baptista. A partir de então passou a organizar-se administrativamente e discutir ações para a cultura sergipana. À época, o Estado ainda não havia despertado para as atividades culturais, a quais ficavam a cargo das instituições privadas.

Entre as principais realizações do Conselho Estadual de Cultura estão a criação do Encontro Cultural de Laranjeiras e do Encontro Cultural de Estância, além do apoio ao surgimento do Seminário do Gado e do Couro e do Encontro Cultural de Própria; o apoio a vários eventos culturais, oficiais ou patrocinados pela iniciativa privada; a defesa do acervo cultural do Estado; a organização do Calendário Cultural de Sergipe; a apreciação de obras publicadas pelo Poder Público Estadual, entre muitas outras ações.

Entrevista: Lú Spinelli e sua vida dedicada à dança em Sergipe


Por Glauco Vinícius, em 17/08/2012
(Foto: Fabiana Costa/Secult)
Aos cinco anos de idade ela já afastava as cadeiras da sala da casa onde morava em Salvador, na década de 50, e reunia a irmã Nairzinha e as coleguinhas da vizinhança para se divertir. A brincadeira era quase sempre a mesma: dançar. Ali, diante dos olhos das amigas (e freqüentemente da mãe) a menina se movimentava com graça, criava coreografias, e descobria os limites do próprio corpo.
Hoje, aos 61 anos (40 deles vividos em Sergipe), Lú Spinelli se orgulha de ter escrito seu nome na história da dança sergipana e brasileira. Com coragem e paixão pelo que faz, construiu a Studium Danças (mais tradicional escola de dança de Aracaju), criou o primeiro grupo profissional do Estado, integra o Conselho Brasileiro de Dança, o Conselho Estadual de Cuiltura, e constantemente é convidada para comentar, analisar e compor júri nos principais festivais do país.
Na entrevista abaixo, a premiada bailarina e coreógrafa de Sergipe compartilha algumas informações sobre sua carreira, relembra episódios marcantes para a dança no Estado, e diz que, apesar da extensa lista de realizações, ainda tem muitos sonhos profissionais a realizar.
(Foto: Fabiana Costa/Secult)

Sergipe Cultural – Quem ou o quê te influenciou a mergulhar no universo da dança?
Lú Spinelli – Cresci numa família que tinha forte relação com a arte. Meu pai e meu avô eram instrumentistas, e isso, claro, foi um grande estímulo. Mas, além disso, tem a paixão pela dança que já nasceu dentro de mim. Quando eu era criança, a maior diversão era afastar as cadeiras na sala de casa e criar coreografias. Atenta a essa disposição que eu tinha para a dança, minha mãe, que apesar da formação em Ciências Contábeis era muito ligada às atividades artísticas, me matriculou em uma escola de dança. Daí as coisas foram acontecendo naturalmente.

Encontro de gerações na Studium Danças (Foto: Fabiana Costa/Secult)

Sergipe Cultural – Então você não enfrentou nenhum tipo de resistência familiar quando decidiu seguir carreira nessa área?
Lú Spinelli – Enfrentei sim. Apesar de todo esse histórico de ligação com as artes, meu pai era muito receoso de que eu não tivesse como me sustentar através dessa atividade. Então entrei para o curso de Secretariado Executivo, aprendi o ofício e peguei meu diploma. Essa formação foi muito importante para a minha vida, pois fui assessora especial da Secretaria de Estado da Cultura e diretora do Teatro Atheneu por muito tempo, e todas as lições aprendidas no curso foram essenciais para o desenvolvimento de um bom trabalho enquanto profissional do serviço público e produtora cultural.

(Foto: Fabiana Costa/Secult)

Sergipe Cultural – Nessas quatro décadas de trabalho, você elege algum momento específico como o mais significativo para a dança em Sergipe?
Lú Spinelli – Sem dúvidas a realização do Festival de Arte de São Cristóvão, do qual fui coordenadora por 18 anos. Na época, trouxemos tudo o que havia de melhor no Brasil no que se refere à dança: balé da Cidade de São Paulo, Corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Stagium, etc. A Studium também marcava presença e acabou fomentando a cena da dança no Estado, pois estimulou o surgimento de novos grupos. Outro ponto que merece destaque foi a criação do primeiro grupo profissional de dança de Sergipe. Foi quando os artistas começaram a aprender a ganhar dinheiro com arte.
(Foto: Fabiana Costa/Secult)

Sergipe Cultural – Para Lú Spinelli, o que é dança?
Lú Spinelli - A dança está presente na minha vida de uma forma muito poética. É assim que eu sempre a vi. É uma arte livre, mãe de todas as outras, pois o corpo tem o poder de expressar uma história contada pela literatura, dramatizar um clássico do teatro, ou dançar sem nenhum contexto por trás, a dança pela dança, que é a mais importante. Nós esculpimos corpos em movimento.
(Por Glauco Vinícius, da Ascom/Secult)